Tiramissu parece nome de passarinho



Ninguém sonha sozinho. Na roda gigante. Café quente. Que cheira a casa - esperança. Dividi o cabelo no meio. Meio Brigitte, meio bala em boate paulista. Aquela da revista. Dos desejos curiosos, que se perderam até as três da tarde de um Domingo. Comi brócolis numa trouxinha de papel alumínio. Dormi com gatinhos. Foto pelada na varanda. Roberta. Me passa o sal? 


Talvez você seja tudo o que eu sempre sonhei. De mãos dadas. Encontros. Num tempo de encaixes. Planner na parede da sala. A planta cresceu depois da rega. As vezes as soluções são simples. A gente não enxerga. Nem de lupa. Zona de conforto. Dança. Sol em leão. Já viu como a palavra desgrama é uma graça? Delicia é a bunda da Luisa Sonza. Tatuagem poesia. Amor que desliza e inebria. Dentro. 

Voltou a chover. A luz da sala não é boa. Paguei uma fortuna na lâmpada redonda. Não resolveu. Qual o ganho de se entregar ao amor? Olha no meu olho. Brilho lantejoula. Feito purpurina nos bancos do metrô. Caetano e Ney. Em foto na esquina do bar. Cadê o carro? Fudeu. A sandália xadrez fez doer o pé. Morango com maracujá. Da tia que esqueci o nome. Quero ver o céu daquele bar.

Say my name, say my name. De preferência juntinho da nuca. Tiramissu parece nome de passarinho. Nunca comi. Nenhum dos dois, aliás. Só pra esclarecer. Mas quero no corpo. Pra dar asas ao que é terra. E leveza pra dias solidão. O passado, sentado na mesa, me encontrou. Acenou de longe. Corri, e fui abraçar quem pra mim é casa. Com tropeço e pontos. Um casamento no Chile. E certamente, muita fofoca pra contar. 

O pote de bombom tá cheio. A fatura do cartão, eu nem quero ver. Sono. Enrolo pra dormir pra, talvez, dar conta. Quando é dois mais dois? 


 

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