Para dias difíceis!


Passe no pulso. No frasco pequeno, gotas. É preciso diluir. Assim como as dores que engolem quem a gente pensa que pode ser, ou quer. Querer tem preço. Não sei se pode parcelar. Topa um carnê? 
Desligue a TV. Abrace as pernas. Respire. Nade. Siga. 
O sol brilha em dias confusos. Entra até passarinho pela janela. O fone, último volume. Aquele cantor que fez um disco de signos, e canta Libra como espelho. Repito, repito, repito. Danço na cadeira verde. Enquanto ao redor, tudo é silêncio.  ECO!

Escrevo pra abrir portas. Curiosa, escolho uma. A que faça o mínimo sentido. Entreaberta, entro. Não vejo nada. O que voa pelo ar entrelaça. Num manto que arrasta fazendo música. A lanterna traz luz pro que escondo. Terça tem terapia. Posso contar que gosto mais da de Sagitário? Quero dançar até o chão. Sem beber. Que não uso mais artifícios pra chorar. Não choro. Ou quase. São só segundos. Um, dois, três e fim. Como um despertador que reclama da claridade através da cortina mas levanta. Esta na hora. 

Matei a Babosa. Esqueço todo dia de fazer o Pix. Nathalia, desculpa. Só costuma atrasar o gás. 
Aprendi há pouco a jogar Uno. Comigo não tem arrego. Salivo por uma carta que me leve ao topo. O jogo é meu. Até quando não é. Foi por pouco. Talvez seja competitiva. E compre a Vida Simples achando que esse mês conseguirei ler. Formam pilhas na estante. Pro dia que eu tiver tempo, sentar na sala de tapete de bolinha, quadro de coração - Lisboa, mesa amarela e, se possível, saber sobre projetos que eu gostaria de ter inventado e não fiz. São incontáveis SE. 

Bloqueio números. Gato e rato. Incansável. Sem queijo, ou só no café da manhã. Peito aberto. Planos em listas. Consegui entregar a monografia. A que jurei nunca mais escrever. Sou um blefe. Tinha uma mariposa linda no jardim. Mostrei pra ele. Que um dia desses me contou da aranha. Morre de medo. Como ando com medo da passagem do tempo. Meus heróis estão morrendo. Perco um passado. Escoa feito areia em ampulheta. Tatuei no braço. Pra lembrar que ele passa. E que precisamos pensar nas nossas escolhas. 

Se essa rua fosse minha, eu mandava ladrilhar, com conchinhas bem branquinhas, pra... Pro que será? 

 

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