Rasga o peito e traz o Chico pra cantar no meu ouvido - ao sol





Abre, mostra o que o que lampeja e transborda. Entre mundos e lendas. Pirilampos. Dente de leão. Sopro suave ou tempestade. Sem medo, amor. Debruce sobre suspiros cor de rosa, latente, em cama cetim cheirando a pecado correspondido. Beije a nuca, arrepie a alma, ouça o que canta pedaços de pele desejo. Vem. Inteiro. Ronronando bigode de leite, entrelaçando minhas pernas,tropego, sofrego, entregue, meu. 


Brinque carnaval nos meus braços. Jogue confete e serpentina, nos caminhos longos que darão na avenida. Brilhe suor e purpurina, lança chamas no meu coração. Tem blocos de todos os jeitos, bocas de todos os gostos, e um querer que só a gente pode combinar. Me diz o que você quer? Inflama. Escreve nos muros. Vocifera a fera solta. Frente a frente, lado a lado, dois a dois? Meu corpo, na palma da sua mão. 
  

Parece bolero, te quero, te quero. Canta Chico enquanto o sono bate a porta de madeira verniz. Mexo o ombro, fecho os olhos, respiro, piro, no devaneio das pequenas possibilidades. Dividindo o que é perene e pleno. Fogos de artifício num ano novo de palmas no mar. Odoya minha mãe, nas ondas do mar promessa, oferenda. Sou sua. Nua, espelho - encontro. Em poesias e horizontes, raiando o sol, rei de todas as coisas que precisam de luz. 


Discuto Lobato. Questiono Machado. Olho torto pro machismo bêbado de Bukowski. Sinto Virginia. Sofro Clarice. Entendo Isabel. E na cor dos seus olhos aquarela, misturo cores pra colorir universo. Estrelas, interestelar. Da música. Subtítulo que mistura castelos e bailes. Definições. Cheira a canela no meu pensamento. Girassóis da cor do meu cabelo. Uma fraude. Ou não. Me conta?
 




 

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