Cartola nas juntas do redemoinho que dançamos por amor
Em cada esquina cai um pouco a sua vida, e em pouco tempo não serás mais o que és. Meu mar avança lambendo seus pés. Redemoinho de borboletas, vinho tinto, porta entre aberta, estrada infinita, mantinha pra esquentar o colo em dias frios. Ouça-me bem amor, preste atenção o mundo é um moinho. Morros de ventos uivantes. Clássicos de cinema numa segunda, aos quinze debutante, achando que o amor vai triturar teus sonhos tão mesquinhos, vai reduzir as ilusões á pó. Acredite, vai. Mas você vai recolher o que sobrar, costurar uma almofada linda pro sofá, ligar pra uma amiga querida e dizer: vamos, ainda há tempo de sobreviver.
Preste atenção querida, de cada amor tu herdaras só o cinismo, além de uma bagagem com selos, carimbos, uma marca ali, outra acolá. Um tanto de conhecimento e dor. Alguma culpa, muito gozo, caso não finja (não vale a pena, a vida é pouca, louca, pequena), uns descasos, fotografias manchadas, poesias e declarações bêbadas de como você poderia ser o grande amor da vida. Poderia. E talvez seja, viu? Talvez seja. O colecionar de afetos, desafetos e corações partidos. Numa festa de encontros e desencontros, sem finais.
Quando notares estas a beira do abismo, abismo que cavaste com teus pés. Pra dar meia volta e recomeçar.
💓💐
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