“É isso que eu gosto em você, a sua coragem”.

Mergulho, na praia, hora do almoço. Questiono, busco entendimento, e deixo rolar pelo rosto, o que não cabe dentro.
É frustrante,  do tamanho de um presente que você abre no Natal e não cabe em você. Trocar não é opção. Que cama elástica, de coração em coração, cansa. Suga a energia que você tenta tanto armazenar. Pra seguir planos fluidos, fáceis, gentis e que importam de verdade. Como um café com limão, em tarde fria de inverno, no centro do Rio. Ela estava lá. Eu vi. Parecia abençoar. É nossa mãe. Odoya. Rainha do mar. E arrependida de me ouvir. Que eu choro demais. Coitada!


Coração. Caquinhos. É frio. Confunde. Dá um nó daqueles difíceis de desatar. Eu conheço o preço. Pago. Não nego o custo. Alto. Misturo nas contas do mês. E resino feito flores secas que cato por ai. É meio assustador, sim. Mas é melhor assim. Com varal pendurado em dia de roda de samba. Foto e declaração de amor. Falta do cheiro. O primeiro bom dia da manhã. É tão simples. Tão simples. Irei, se você quiser. Mas junto. Que separado é descompasso. Desequilibra. Angustia. O que é pra ser leve e bom. Pra ajustar caminhos. Das coisas que não se sabe se cabem ou não. E só da pra saber se viver. Se houver espaço. Seta e direção. Sem plano. Mas clareza e cuidado. Consigo e com o outro. Do mínimo. Que é!

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