O Louco. Foi assim em 2018!



O Louco é uma carta zero. Termina e inicia o jogo do tarô. É livre pra buscar conhecimento, experiências, se liberta do antigo. Busca o novo. O Louco segue seu caminho movido pela intuição e o coração. Caminha em direção ao abismo, precisando cair para que possa, então, estabelecer novas estruturas. E foi essa a carta do tarô que regeu o meu 2018. Um ano intenso, de reconstrução, de viver experiências, de romper com amarras. De buscar viver o que era preciso, necessário, importante e pungente. Foi um ano libertador. Daqueles que “tiquei” da lista muitas das coisas que eu sempre tive vontade de fazer. Tudo bem, faltou pular de paraquedas. Mas 2019 esta ai pra isso. Tenho certeza.

Foram tardes de cerveja e vinho com as amigas. Me apropriei da São Salvador. Amei a Glória. Reconheci a Lapa. Amei, de novo, o Arco do Teles. Nas rodas de samba. Nas mesas de bar, ou nos coretos de praça. Nos livros. Muitos livros. Nas reuniões em casa. Na Surubinha, que enche meu coração de amor por ter ao meu lado pessoas tão incríveis. E por ter sempre comida boa, claro. Nas conversas. No grupo do Whatsapp, que rende tanto aprendizado. Mas tanto... Nas festas dos amigos de colégio do meu filho (como eu amo as mães do colégio do meu filho), nas reuniões de trocas de roupas e afeto. Na aproximação com as vizinhas do condomínio. Tanta gente nova entrou na minha vida esse ano.

Em 2018 teve São Paulo, Brasilia, São Paulo, Brasilia. E teve tanto pra compreender, aceitar, digerir. A liberdade me viu algumas vezes. E comprei o chá que tanto gosto. Vi Nando Reis de graça, em um show do lado do lago. Conheci o IMS e vi São Paulo de cima, no SESC. Reencontrei amigas escoteiras. E fomos pro samba e pra boate, dançar até o meio dia. Dormi com gatinhos nos meus pés. Tomei café em cozinha de Laranjeiras com bolo quentinho saído do forno. Procurei em um apartamento inteiro, onde tinha toalha pra tomar banho. E roubei biscoito goiabinha do filho da amiga pro café da manhã. Escrevi textos e mais textos pra expurgar amor não correspondido. Comecei séries novas. E não terminei nenhuma. Conheci um monte de gente nova na música. E quanta coisa boa veio.

Foi um ano pra entender a maternidade solo. Pra perceber e reaprender o que eu poderia ou não fazer. Quais eram os meus limites. Quais as questões que  seriam mais fáceis ou mais difíceis nessa nova etapa de vida. Pra entender as dores do meu filho com a separação. Pra entender que ele sente saudades do pai quando esta comigo. E que sente saudades de mim quando esta com ele. Foi bem dolorido e ainda é. Porque a cada lágrima que o Murilo coloca pra fora, é um pedaço do meu coração que se vai. Que o sofrimento dele era algo que eu queria evitar a qualquer custo. E ainda evito. Da forma que posso. Passando por cima de tantas coisas. Como uma escolha bastante consciente. Quero que ele cresça leve. Acreditando em coisas boas, finais felizes, gentileza, afeto. E que seja um menino de coração bom, coisa que já é. Graças a Deus! Ontem ensinei pra ele o significado da palavra hilário <3

Teve também a volta da minha mãe. Vinte anos depois. E um recomeço nosso tão particular. Aos poucos. pra gente se reconhecer e pra eu deixar de ser insuportável. Que se eu fosse minha mãe, nem me amava. Rs. Teve resistência . Teve o “ninguém solta a mão de ninguém”. Teve o #elenao. Teve posicionamento e lado certo da história. Foi bem importante viver isso. E olha que eu vivi a Diretas Já. Em uma praça de Mato Grosso, ouvindo Dante de Oliveira, levada pela minha avó. Eles eram todos PMDB. Acontece. E por falar em 20 anos, teve show de comemoração dos 20 anos de carreira do Forróçacana. Ah, como foi lindo. Mas mais lindo ainda, foi o casamento de dois amigos que amo tanto. Foi mágico. Foi pertencimento. Foi uma tarde/noite tão linda, que ainda hoje, estou impactada. Cel e Digo, foi uma honra estar ao lado de vocês nesse dia tão importante. Aliás, sempre é uma honra estar com vocês.

Me apaixonei perdidamente em 2018. Chorei. Me assustei com a falta de cuidado do outro. Aprendi como as coisas andam funcionando. Deixei de acreditar. Pedi namorado no Facebook. Virei a rainha dos memes. Me diverti rindo de mim mesma. Comecei a escrever um livro. Ganhei um bb cream. Tenho uma máquina de café expresso. Enchi minha casa de plantas. Algumas morreram. Temos que , as vezes,morrer pra florescer. Fiz meu mapa astral. Combinei signos. Bebi muito café. Fiz um curso de escrita criativa que eu tanto sonhava em fazer. Tenho a assinatura da Eduk. Entrei no Jiu Jitsu. Morri de medo do Jiu Jitsu. Inclusive, to fugindo dele. Que o mestre não me leia. Em Janeiro eu volto.

2018 pode ser resumido da seguinte maneira: receita de bolinho de berinjela, muito choro, muitos momentos incríveis, uns beijos na boca maravilhosos, a frase: “agora vai”, repetida com frequência, recomeço, reconexão, muita gente nova pra vida, pagode, aplicativos instalados, apagados, reinstalados, não aguento mais essas bosta. Livros incríveis. Amigos do lado. Batom vermelho. Almoço na praia. Um monte de roupa nova vinda de todos os cantos. Banho de banheira. E  um aprendizado fudido. Jamais serei a mesma depois de 2018. E que louco isso, não? Sim, louco! Ainda bem. Regeu meu ano. Cresci. Que venha mais. E seja leve. To precisando de carinho e cuidado. Faz isso por mim 2019?

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