Não tinha medo o tal João de Santo Cristo




Eu queria escrever sobre a escola. Que na sexta série, a segunda que fiz, a onda era cantar Faroeste Caboclo. A letra toda. Eu nunca soube. Até hoje não sei. Mas tinha um amigo, que eu nunca mais vi e adoraria reencontrar (foi morar em Brasília), que cantava de traz pra frente. E era da minha turma. Apaixonado por mim e pela minha prima. Num revezamento de amor que não se entendia. Eu nunca fiquei com ele. Já ela, ficava com todos os caras que chegavam perto de mim. Precisava mostrar que era melhor. Vai saber. Ou, era livre o suficiente pra fazer as suas escolhas. Coisa, que depois de muito. De muita porrada, consegui ser. Um pouco. “Marromenu”. Não sei! Rs

Escolhi não responder mais as mensagens do cara que fez uma merda gigantesca comigo, mas que acha que um pedido de desculpas resolve tudo. Não, não resolve. Não respondi, também, o que tem namorada e me chamou, no meio da tarde de sábado, pra uma diversão a três. Assim, do nada, como se eu estivesse em uma prateleira. É pegar e levar. Diversão garantida ou seu dinheiro de volta. Coisa, inclusive, que nem nunca vi. Vai que, né? Se bem remunerado, a gente finge que não liga pra conversa gentil, cuidado, coerência.  E sim, contém ironia. Entenda isso. Por favor e obrigada!

Escolhi me apaixonar. Me desapaixonar. Planejar. Regar plantas uma vez por semana. Retomar as bijoux. Usar batom vermelho. Jogar a raiva do mundo no tatame. Pedir ajuda. Separar chá. Ouvir música que esprema o coração até sangrar. Ler livros inteligentes. Fingir que sei alguma coisa sobre tudo. Descortinar personagem pra quem confio. Contar da infância. Desinstalar aplicativo. Ter mais paciência com meu filho. Convidar a namorada do pai dele pro aniversário que eu to querendo fazer. Que sou evoluída, sensata e os sentimentos dele vem em primeiro lugar. Ver filme bobo na Netflix. Comprar fruta pra fazer suco natural. Cozinhar quando a dor não cabe em lugar algum.

Farei mala. Levarei bagagem. Pra acrescentar. Se couber. Que forçar espaço é coisa que não tem sentido e nem cria vínculo. Que com significado é muito, muito melhor.

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