Me Chame pelo Seu Nome. Ou olha ali o Coringa!


“ Nós arrancamos tanto de nós mesmos para curarmos as coisas mais depressa, que ficamos esgotados perto dos 30 anos. E temos menos a oferecer cada vez que começamos algo com alguém novo. Mas obrigares-te a não sentir por forma a não sentires nada, que desperdício.”


A fala acima é do filme: “ Me Chame Pelo Seu Nome”. Esse filme mexe muito comigo.

Cada cena é repassada na cabeça sempre que penso nele. Porque vai além da direção de fotografia, coisa que finjo entender um pouco, mas na verdade não sei nada. Da trilha sonora, que é a coisa mais linda. E dos diálogos incríveis que permeiam o filme inteiro. O filme é sobre o amor. Sobre viver o amor, independente da pessoa ficar pra sempre ou não na sua vida. É sobre descoberta. Sobre se saber amando. E sobre como isso é lindo, apesar de doer. Porque amar dói. A gente sabe. E dói com uma força sem tamanho. Pois nos tira da nossa zona de conforto. Do local onde estamos acostumados. Aquele que é quentinho, aconchegante e sem sombras.  E mesmo que ele não seja nada disso, o lugar onde costumamos ficar, é local conhecido. Daqueles que o pé já sabe onde ir. A mão tateia a parede certa. E o escuro não incomoda. É casa!

O que é amar além de tirar o seu coração do lugar – metaforicamente? É loucura, caos, uma bagunça gigante dentro de todas as expectativas e anseios que a gente tem dentro do nosso mundo ínfimo e, ao mesmo tempo, grandioso. Somos estrelas, planetas, buracos negros, constelações e possibilidades imensas. Contanto que a gente tenha coragem e forças pra sair do lugar, claro. Porque desejo inerte é pedra pesada. Vai afundando a nossa alma e tira da gente muita energia pra tentar se manter são.  

Eu sei pouco sobre o Batman. Só o que vi em filmes. Li em alguns quadrinhos e pesquisei, sem muita profundidade. Sei pouco sobre o Coringa. Que me interessou só depois do último filme, onde o ator, que morreu, fez um dos papeis mais incríveis da vida dele (eu sei mais que isso. Muito mais. Mas entregar o jogo, assim de cara, é demais pra mim. rsss). Adoro a Mulher Gato. Que é personagem com quem sempre me identifiquei. Ela é bicho, instinto, transgressão... tudo isso, preso dentro um comportamento socialmente aceito. A da moça certinha, educada e gentil. Mas que na verdade, quer se esfregar na vida e viver com muita, muita intensidade.  E ao começar esse texto, falando sobre um filme e usando a foto de outro, o que quero na verdade, é mostrar que é confuso mesmo. Que ser linear é para os fortes. Ou não. rs. E que viver é uma grande prova de amor. Com você, com quem te cerca, com quem você traz pra sua vida e com toda a força que você dispensa pra isso.

Eu quero me fechar. Porque morro de medo. ESTOU MORRENDO DE MEDO. Mas não consigo. Amar é a minha lição. A que aprendo todos os dias. A que dissemino ao dar bom dia pra todos que cruzam meu caminho. Ao olhar no espelho e, apesar de não compreender ainda quem sou, tentar me aceitar. 

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