Vinho com saudade cai bem!



Tenho pensado sobre o que quero pra uma relação. Aquela coisa gostosinha que você vive com quem se conecta com você. Com quem tem coisas em comum, outras nem tanto. E tudo bem, né? Que ser igual não deve ter muita graça.

Ainda não conclui. Não defini. Não sei. É poeira cósmica e sorriso leve. Ou busca incessante de respostas que acredito nunca encontrar. Porque a cabeça é redonda para que o pensamento mude de direção, diria o senhor Oscar Wilde. Aquele sabichão.

“Grau na minha mulher é minha oração”, o cara fala na música que é uma declaração de amor. Crua e cheia de luxuria. Porque ele divide o que é mais caro. Ele divide. Ele pertence. E pertencer é algo tão intenso. Tão cheio de significados. Pertencer sem amarras. Só as que você souber atar e desatar os nós. Prisão, não mais.

02:47 da manhã. Daquelas coisas que não tem preço. São construídas. 

Então quero fazer um ensaio. Fotografar a alma. Gelo, copo, preto no branco. Cabelo molhado. Suor e frame de vídeo gostoso no banho. Espelhos, conexão, olhar inteiro, mesmo que um pouco vazio. É redundante, eu sei. Ser inteiro é oposto de poço que joga pedra e não tem fundo.

Vou começar uma série. Emprestar roupas de frio pra uma amiga. Comer a tangerina que esta na geladeira tem tempos. Será que esta boa? Sonhar com uma tatuagem nova. Grande, linda e no braço. Igual a Mi. Que é quem sabe de todas as coisas. Até confissões sobre pão francês no café da manhã.  E sim, é piada interna. Ótima, inclusive. Mas não posso te contar. Você consegue me desculpar?

Nem sei, inclusive, quantas vezes pedi desculpas. E o quanto tem sido difícil me perdoar. Mas, eu não tenho mais o que fazer. Todas as tentativas foram feitas. É seguir o baile de salto 15 e batom vermelho, amor. Que assim, a dor fica em lugar mais cômodo: lá embaixo. Talvez não me alcance. Torce por mim?

Vinho com saudade cai bem. Cai bem!


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