O valor da caça e a conquista, que não tem o menor valor.



Em 2010, se não me engano, conheci um cara muito bacana.
A nossa conversa era incrível. Gostos parecidos, beijo ótimo, química boa.
Era tudo muito legal, sabe? E parecia ser recíproco.
Nos encontramos algumas vezes e do nada, ele sumiu.
Fiquei perdida, como qualquer pessoa ficaria. Me questionei, analisei tudo o que tinha feito, dito...
Onde será que eu havia errado? Era o que eu me perguntava. Porque se ele sumiu, foi porque eu fiz alguma merda, né?

Umas duas semanas depois, mandei uma mensagem pra ele e perguntei: Você pode me dizer o que eu fiz de errado? Eu queria mesmo saber. Pra não repetir. Pra não deixar passar uma oportunidade legal, da próxima vez. Ele respondeu: “ você se mostrou muito interessada”.

Cara, aquilo foi tão impactante pra mim. Mas tão impactante, que nunca esqueci.

Pelo pouco que sei, homens e mulheres tem suas diferenças. E elas vem de milhares de anos de evolução. O homem, responsável pela caça, tem noção espacial. Entende melhor de distância, caminho, olha além. Em contra partida, não encontra a chave do carro, que está na sua frente.

Já a mulher, que tinha como tarefa cuidar da família, encontra agulha no palheiro. É mais amorosa. Consegue administrar o que está ao seu redor com maestria. Mas não entende muito bem qual caminho seguir pra chegar na festinha pra qual foi convidada (to falando por mim. Rss).

Ok. São diferenças que estão no DNA (acho eu). Tudo bem.
É a tal máxima de que homem precisa ter a sensação de caçar. A sensação de conquistar uma mulher.
Não pode ser fácil. Não pode ser leve. Não pode ser, de cara, bom.
Na nani na não. Porque se for fácil, natural, leve e sem jogo (caça), não valeu.
Não tem gosto. Não tem troféu. Não tem nada que possa valer a pena.
E troféu é coisa que vale a pena, né? Pra colocar na estante, na prateleira, pendurar na parede. 
Pra enobrecer ego. Pra fazer valer o esforço. Pra afirmar!

Odeio jogo.
Odeio fazer algo, que na verdade não é aquilo, só pra não mostrar pro outro o que na verdade é de fato.
Confuso, né? Muito! E idiota, também!
Porque é uma perda de tempo tão grande. Uma perda de energia. De oportunidade de mais sorrisos. De abraço, de carinho, de cuidado.
Jogar te tira do foco, que deveria ser conhecer o outro, se interessar pelo outro, se mostrar pro outro e fazer desse encontro algo bacana.

Jogar é ser raso. É ter medo, o tempo todo. 
É não viver coisas incríveis que poderiam vir, mas não virão.
É ter uma chance e deixar seguir pela agua corrente do rio.
É se sentir sozinho, mas sem deixar chegar aconchego.
Porque somos sempre o resultado das nossas escolhas. E se você escolher o que é mais difícil, a felicidade também será!

Eu quero o leve. O fácil. O: " achei você incrível e não quero perder um momento ao seu lado".
Porque sou incrível. Incrível mesmo.  E estar ao meu lado é presente. Mesmo que eu tenha demorado ANOS pra entender isso. Pra compreender o quão bacana eu sou e quão eu posso fazer alguém feliz.

Porque é de escolhas fáceis que se faz a felicidade.
E escolho felicidade. Sorrisos. Presentes fofos, enviados pelo correio, ou deixados na portaria do prédio. Declarações. Mensagens de: Como eu queria você do meu lado.
E sempre será essa a minha escolha. Porque ser feliz é obrigação.
Então, seja!
Eu sou!


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