Eu sinto saudade do que sou quando estou contigo


Foto Gira Mundo

Sobre o que quero escrever hoje?
Sobre o dia das mães?
Sobre a cara de pau do convite no Facebook?
Sobre os presentes lindos que ganhei e que me fizeram muito feliz?

Quero escrever sobre você.
Que ao ouvir uma música da Malu, e assistir ao clipe, que já vi milhares de vezes, a saudade doeu no peito. Porque quero correr nas suas ruas. Principalmente, naquela avenida principal. E a noite, viu?
Que quero fotografar meus pulos, meus braços abertos, minhas infinitas possibilidades.

Quero o caraoquê, os neons, a capital que é lugar, e tem 9 andares no centro da cidade.
E é perto da Liberdade, que é sentimento, bairro, direito e força que move, ou não, o mundo.
Pois quero fotos, muitas fotos. E show no SESQ, abraço de amigos, gatos fofos que encherão minhas roupas de pêlo, e comida quentinha.
Mas também pode ser gelada. Comida é comida. Das que alimentam, das que só deixam ainda mais vazio. E dessas, quero distância.

Quero mais lembranças. Quero mais pertencimento. Quero me cegar na sua luz. Dançar no embalo das suas promessas. Ver o pôr do sol na praça. Achar a palavra MOÇA a coisa mais linda, pois é dita por alguéns de sotaques fortes e jeito educado. Que eu acho fofo quem me chama de moça. E casaria com ele, facilmente. Mas eu não quero mais me casar, acho. Então, não me chame de moça. Mesmo que seja normal. Que seja forma de tratamento. Mesmo que seja.

Não me chame se não for pra ser. Se não for pra florescer. Se não for pra me mostrar pedaços de você, ou você por inteiro. Que é coisa que duvido um dia conseguir conhecer. Mas se me chamar, e se eu for. Que seja sempre lindo. Que seja sempre aprendiz. Que seja sempre “ o que eu sinto quando estou com você”.

Me chame, São Paulo. E venha logo, porra.
Estou morrendo de saudades do que sou quando estou contigo.
Do que sou quando SOU contigo.
Do que sou quando sou de você.

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