Amor inventado. Cazuza que me deixe em paz!
“Diz que me ama
Mesmo que seja mentira
Mesmo que por brincadeira
Nem que eu fique na mira
Mesmo que seja mentira
Mesmo que por brincadeira
Nem que eu fique na mira
Certeira da desilusão.”
Quem nunca entrou em um relacionamento onde a verdade foi
inventada por você mesmo?
Quem nunca criou aquela estória, aquele amor, aquela realidade que só existiu, de fato, em Matrix? Ou em Nárnia, quem sabe?! Quem nunca se contentou com pouco, com o mínimo, com as migalhas de amor e cuidado que o outro queria/podia dar? Porque era aquilo que ele podia te dar. Sempre foi aquilo. O restante, VOCÊ só inventou.
Quem nunca criou aquela estória, aquele amor, aquela realidade que só existiu, de fato, em Matrix? Ou em Nárnia, quem sabe?! Quem nunca se contentou com pouco, com o mínimo, com as migalhas de amor e cuidado que o outro queria/podia dar? Porque era aquilo que ele podia te dar. Sempre foi aquilo. O restante, VOCÊ só inventou.
A letra dessa música me incomoda demais. Porque é reconhecimento. Pertencimento. E também, medo. Medo de cair de novo nesse tipo de armadilha. Nesse tipo de sabotagem com a minha autoestima. Com a minha carência, que é natural, e ao mesmo tempo, motivo de cuidado e preocupação.
Inventar amor é de um perigo tão grande. De uma crueldade
tão imensa com quem você é, que se você soubesse, jamais o faria (Entendeu,
Rossana?).
Porque nem sempre o outro é o “culpado” pela falta ou ausência do amor. Tem aquilo que você cria. Aquilo que você fantasia e espera do outro.
Porque nem sempre o outro é o “culpado” pela falta ou ausência do amor. Tem aquilo que você cria. Aquilo que você fantasia e espera do outro.
Porque é o que você quer pra você. O que você espera pra
você. E não o que o outro quer viver. Então, quando você tenta encaixar o que você quer,
com o que o outro pode te dar, dá merda, minha gente. Não tem como funcionar.
Diz que me ama, mesmo que seja mentira? Será mesmo válido?
Será mesmo bom? Qual o custo disso pra você? O custo emocional, físico...
Que a cada amor que não dá certo, você tem algumas escolhas.
Achar que a culpa é sua, que os outros são sempre babacas, ou a mistura das
duas coisas. Que não é lá tão bom, também. Então, os processos vão se
repetindo. Você vai desacreditando. E o buraco no peito fica cada vez mais
fundo. Cada vez mais dolorido. E você se fecha, não querendo mais apostar. Não
querendo mais viver o amor.
E mais uma vez te pergunto: Será mesmo válido? Será mesmo
bom? Qual o custo disso pra você?
Cazuza adorava um amor inventado. Ariano, minha gente.
Daqueles bem intensos, ceis sabem. Mas inventar amor é moeda que não vale
muito. Então, que a gente consiga viver o real. Que pode ser do jeito que se apresenta. E não,
do que a gente sonha. Mas que seja leve, intenso, grandioso, passageiro, mas
que seja fato. Que inventar amor não vale, nem o que você sente, nem o que
deixa de viver de verdade.
O amor é como uma parede que vai sendo erguida aos poucos, tijolo a tijolo, ligados por uma argamassa de carinho, respeito e cumplicidade.
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