Se eu pudesse, esfregava gente inteligente em mim.


A música toca em um ritmo acelerado. A noite de sono, o cobertor felpudo e de cor neutra, e a perplexidade de coisas sem controle, loucas e sem explicação, que ainda se apresentam.

Ó Deus, que palhaçada tem aí pra mim?
Que desapego vou ter que aprender?
O que é que mais vou precisar passar?
Quem mais vou precisar esquecer?
Eu tô Morgado, tô meio deprê
E se te ofende quando eu fervo se eu escuto um papo errado
É que tá foda de resolver tudo que tem rolado
Manda o teu papo e se adianta, brow”

Uso palavras rebuscadas, e as troco, pra que tenham vários e duplos sentidos. Porque brincar com as palavras é de uma delícia sem tamanho. E gente inteligente arrebata meu coração.

Ou melhor, cada PE DA CI NHO meu!

Se eu pudesse, esfregava gente inteligente em mim. Com calda de sorvete e pedacinho de nozes. Que seria bem melhor de lamber!

A gente risca da lista, se arrisca, pensa melhor, reavalia comportamentos e sobe no sofá que é pra olhar tudo de cima. Pra que seja mais fácil ver com clareza os acontecimentos e, não molhar os pés na água que vazou da máquina de lavar.

Eu preciso de pequenas coisas. E acho que o valor delas é muito, muito maior do que atos heroicos, outdoor com declaração de amor, e viagem pras Maldivas. Mas essa parte, é meio que mentira, que eu super amaria ir pra Maldivas.

Gostosura é o que se sente. É o que faz ter fome, vontade. Gostosura são os sentidos despertados. E o sabor do que é bom, é único e incomparável. Dentro daquela máxima que sempre uso: universo particular, histórias, vida cheia de nuances...

Então, chego em um ponto que não sei como terminar esse texto. Porque só penso em café, loucura não tratada, jogos sem ganhador no final e uma cortina bem escura pro meu quarto. Pra dormir até tarde e acordar com a cara amassada de tanto sonhar.

Sonhar é desejar sem controle. E não ter controle as vezes é bom!

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