Oi São Paulo. Eu sinceramente te amo!



Odiei morar em Santos.

Dito isso, eu odiava Santos e odiava São Paulo. E nem sei dizer direito porque odiava. Não gostava e pronto. Não era meu lugar. Não era onde eu me sentia bem. Não era onde estava meu coração.

Em 2010, depois de um 2009 de merda e dias muito, muito difíceis, fui com a Laila (se você é novo aqui, ainda não deve saber que ela é. Mas saberá, porque falo dela pra todo mundo, o tempo todo. Ela é meu amor. E se você já é velho de guerra, olha eu aqui falando da Mi pra você, mais uma vez), pra São Paulo, em uma viagem de redenção. Uma viagem de: Eu tenho o direito de ser feliz de novo. Uma viagem de dormida em albergue, de conhecer a Kell, de comer cupcake de banana e andar de bicicleta, feito criança, no Ibirapuera.

Foram dias incríveis. E acho que por causa deles, me apaixonei!

Essa cidade, que pra mim é mulher forte, inteligente, descolada e linda, significa recomeço, dias quentes e frios, quase que ao mesmo tempo. Chuva de granizo no meio da tarde, e guarda chuvas muito bons. Compro sempre os meus lá.

São Paulo é aprendizado. É supermercado com produtos japoneses que a gente não faz ideia do que são, mas que são tão coloridos e lindos, que a gente quer mesmo assim. É sinônimo de muitas viagens lindas. De dias corridos, de cultura a todo vapor e de cachorro esbaforido, que quebra a porta da casa dos seus donos, com medo de fogos. E lá existe um mercado de frutas tão lindo, onde abacaxis gelados são vendidos em todos os cantinhos, em fatias gigantes e docinhas. Coisa que duvido você encontrar fácil por aí.

É luz, vida que pulsa o tempo todo e cantina italiana com Mamas orgulhosas das suas receitas de família. É onde experimentei, pela primeira vez comidas diferentes, e onde tem os pastéis de feira mais gostosos de todos os tempos. É pluralidade, em vários aspectos, inclusive nos muitos amigos fieis e importantes na minha vida.

Em Sampa, existe amor. E é a cidade que sempre escolho pra recomeçar. 

O meu coração, que sempre foi do Rio e de Lisboa, já faz tempo, também é de São Paulo. É onde um pedaço do meu coração mora, apesar de nunca achar que poderia ser possível por lá amar.

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