Eu vi você só ao te ver dormir




Eu escrevo ouvindo música. Sempre escrevo ouvindo música.
E o cantor, de voz suave falando de amor, embala todos os sentimentos que oscilam e balançam, feito mar revolto, dentro desse meu coração.
Tento colocar pra fora, mas as vezes não sei por onde começar. Porque tem tanta coisa pra dizer. Tanta coisa pra jogar ao vento, pra cima, pro alto, feito confete que cai colorido em cima de quem resolve ser folião. Porque é de brilho intenso que se faz luz. Ou de escuridão. Não sei. Vai saber!

A sua casa tinha uma luz tão incrível. Silêncio, possibilidades, uma cama com a colcha igual a minha e promessas tão bacanas, que eu queria muito que fosse real.

Eu vi você. Eu vi o quanto ser amado de verdade é importante. Eu vi você, só ao te ver dormir. E o que vi, ou posso ter imaginado ver – que o nosso amor a gente inventa (dizem por ai), foi gentil, leve, bom e de futuro promissor, daqueles que tem até cafuné.

Obrigada pelas músicas novas que me mostrou. Pelo vinho, por ter me deixado subir no seu sofá e prometer bagunçar a sua vida. Eu sou ótima nisso, acredite.

Desculpe pela letra torta na música deixada na porta da geladeira. Eu quase não dormi, e o vinho, que bebi rindo e dançando com você, ainda corria pelos poros, rodopiando e me deixando ousada, a ponto de voltar pra casa comendo biscoito que peguei, esquecido, na sua cozinha.

Você disse que eu era chata. Mas que mulheres chatas eram as melhores. E rimos, absurdamente. Me chamou pra viajar. Disse que estava louco pelo meu pé. E não gostou muito das músicas que te mostrei. Viu poesia em várias coisas que trocamos e me disse que eu merecia uma casa com cachorro no quintal.  

Mas apesar de não saber o que de fato é verdade, em tudo o que você disse, eu sei que o que você  quer, é amor! E ter amor é tão bom. Ter amor é absurdamente bom. E que você o tenha. Sempre!


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