Tudo por um e noventa e nove - MAIS UM!


O ensaio já aconteceu muitas vezes. 
E o que pulsava, cheio de vontade aqui dentro, ainda pulsa querendo de qualquer maneira "fluir". 

Das coisas que aprendi, desde aquele tempo que você já vinha aqui,  e te digo com muita propriedade, é que sambinha bom é esse que te traz de volta. Que te bota no prumo, te dá rumo, te faz suspirar plena de estar de fato no seu lugar. 

Enquanto ouço uma música linda sobre o amor, penso que estar apaixonada por uma gata malhada, de nome Juraci, não me faz o ser mais lúcido e confiável do mundo. Mas me faz alguém que é capaz de se apaixonar por uma gata que nunca viu na vida, e morrer de vontade de tê-la pertinho, por tudo o que ela representa. 

Depois de tanto, de tudo, um sorriso ainda é capaz de me derreter. E tenho muita raiva por ser tão mole, tão boba e tão dada desse jeito. Porque essa porra de idade deveria trazer um pouco mais de controle, não?  Só que pelo visto não traz. E a perna fica bamba, e o olho brilha e revela tudo, mesmo que eu queira esconder, sem esconder absolutamente nada. 

Ainda lembro do gosto maravilhoso do sanduíche com bacon, e daquele suco de lata colorida e estranha. As estrelas brilhavam em perigo, porque a menina bêbada queria roubar uma delas, e eu questionava o padrão das roupas pela rua, e percebia que me encaixava perfeitamente nele. Porque somos todos iguais, nas roupas, nas cores, nos desejos, no medo da morte e no querer um colo só pra chamar de seu. 

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