A chuva que não quero que caia.


Enquanto a menina de franja curta diz: " eu vou torcer pra ser você e eu", eu torço para que não chova, pra que não molhe, pra que não inunde e transborde. E pesquiso sobre meditação, porque acho que seria incrível conseguir meditar, fazer ioga e ter um pouco mais de controle sobre meu corpo, minha mente e meu espírito, que sei lá como esta, além de feliz e desejoso de muitas, muitas coisas.

A sede de vida me atropela. E vou tentando acalmar a vontade de sair correndo pra saltar os muros, virar cambalhota no pula pula, nadar até o outro lado da piscina e rebater aquela bolinha de tênis que nem foi jogada pra mim.

Não fazia ideia de quem era Jean Michael Baskiat, e o sonho do CCBB de São Paulo aconteceu, assim meio que sem programar, como acontecem as melhores coisas da vida. E as cores se misturaram com os olhares, as observações sobre as questões sociais e o bebê que jogava a tampa da mamadeira no chão, porque era ali que ele queria ficar.

Eu faço amizade com a moça do elevador. E erro o caminho mesmo que ela tenha me deixado no andar certo. Porque quando estou cansada, não consigo ver com clareza e nem pensar no que é certo, ou não. E tudo bem. Eu me perdoo.

Enquanto coloco na agenda a vontade de ir em uma peça de teatro com o nome: Contos Partidos de Amor (vamos?), lembro da foto, que eram as nossas sombras, em um quadro na Pinacoteca. Foto que achei tão fofa, e que não terei jamais. Porque tem coisas que já nascem pra não ser. Até que talvez sejam.

Mas ainda assim, "seus olhos abrem pra mim todos os encantos", e dançar Legião, no meio da Paulista, foi tão somatório de coisa boa pra vida. Porque somos a soma de tudo o que vivemos. E por aqui, tem transbordado o sinal de mais!

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